Na entrada da ZAC Odysseum em Montpellier, o edifício de escritórios L’Ammonite está implantado em um terreno residual entre uma rotatória e uma linha de bonde, sob uma linha de alta tensão e acima de uma adutora principal.

O projeto se enriqueceu com essas restrições e tira proveito de sua implantação, oferecendo uma visibilidade excepcional.

Organizado em torno de um pátio central, o edifício (R+3) se desenvolve em duas pontas opostas: uma ponta baixa (térreo e primeiro andar) sob a antiga linha de alta tensão (agora enterrada), e uma ponta alta (segundo e terceiro andares) em balanço de 14 metros acima da adutora, formando um átrio coberto.

De volumetria fugidia, L’Ammonite se apresenta de várias maneiras, ora frontal, ora alongado, com sua fachada lisa de vidro cinza-prateado em diálogo com a do liceu hoteleiro Georges Frêche, do outro lado da rotatória.

O volume em rebaixo sob o balanço é inteiramente revestido de um azul intenso, do chão ao teto, como se fosse esculpido no bloco, fazendo emergir o átrio e a entrada do edifício.